quinta-feira, 31 de julho de 2008

LIVRO-REPORTAGEM REVELA AS VIDAS INVISÍVEIS DE NATAL/RN

Oi, gente! Já tava demorando para falar de uma das maiores realizações da minha vida! Pois é, agora só falta plantar uma árvore e fazer um filho. O livro já está pronto! Aí vai um pouquinho sobre Vidas em Retalhos:


O livro-reportagem Vidas em Retalhos: tecendo os fios da invisibilidade social, dos jornalistas Arnaldo Mota e da blogueira que vos fala, Viviane Pascoal Dantas, conta a trajetória real de uma família nordestina em sua luta diária pela sobrevivência. A obra, inicialmente, foi realizada como trabalho de conclusão do curso de jornalismo da Universidade Potiguar. Tem como pano de fundo a cidade do Natal/RN, revelando que mesmo em um dos mais belos pólos turísticos do Brasil existe uma realidade que não se deseja mostrar, mas que se faz presente, perambulando pelas ruas da cidade. São vidas que se tornam invisíveis pela sua não-cidadania, pelo seu histórico de humilhação e exclusão social.

Tragédia e Comédia convivem bem

Ao narrar a vida dos cinco integrantes da Família Silva, foco da reportagem, levantamos discussões acerca da função social do jornalismo, e dialogamos com psicólogos, sociólogos e jornalistas sobre a violência física e psicológica que sofrem essas pessoas, a situação de abandono, o descaso, a fome, o preconceito.
Fomos testemunhas de várias passagens da vida da família. Primeiro conhecemos os filhos mais velhos, Gabriela e Lucas. Eles tinham a fome estampada no rosto e muitas histórias para contar. Descobrimos neles, histórias que não podiam continuar agonizando no silêncio. Então conhecemos a mãe das crianças, Vera, que acabou mudando o rumo da reportagem.
Quando Vera nos convidou até a sua casa, e nos permitiu entrar em seu mundo, contando a sua história, entramos em contato com uma realidade completamente diferente. Foi como um alargamento substancial da nossa visão de mundo. Ouso dizer que nos formamos ali, naquele momento, como jornalistas.
Apesar de tratar de episódios difíceis, com uma grande carga emocional, a tônica da narrativa não é dramática e sensacionalista. Ao contrário, traz uma linguagem realista, questionadora e ao mesmo tempo sensível, com doses equilibradas de lirismo e realismo, poesia e humor, literatura e jornalismo. Há um profundo respeito para com as vidas humanas envolvidas.

Vidas em Retalhos na Bienal

Publicado recentemente pela Allprint Editora, o livro já está à venda no site (www.allprinteditora.com.br), e na loja online da Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br), Estarei autografando o livro na Bienal Internacional do Livro, dia 15 de agosto às 19 horas no stand da editora.
O livro ainda não foi lançado oficialmente. A intenção é fazer algo realmente significativo, criativo, ousado, envolvendo não apenas a noite de autógrafos, mas um evento artístico em um espaço cultural , onde os convidados poderão prestigiar apresentações culturais, músicas que remetem ao tema, e outras atividades que certamente surpreenderão o público.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Cinco minutos

Oi, gente! Hora de começar a discutir jornalismo. Afinal, que loucura é essa que a gente gosta tanto? Veja aí, quem nunca passou por isso? rss

Cinco minutos!
Vamos, gente, não temos tempo!
Bota os créditos.
Essa foto tem que ficar maior.
Temos que fechar!
Não vai dar pra entrar isso não.
Isso sai!
Isso fica!
Corta pelo pé!
Ih, sobrou espaço! E agora?
Ah, pega um artigo, lá na pasta “tapa buraco”
Ok, fechou!

Chega! Pára tudo! Não! Isso não é uma sala de emergência de um hospício, apesar de parecerem todos loucos e cada segundo parecer essencial. É a redação de um jornal diário. Seus doutores operam equipamentos, tratam as notícias e as transformam em produto. Palavras. Palavras se derramam sobre a tela e a olhos e mãos atentas tentam colocá-la no melhor lugar. Estrategicamente pensado. Previamente calculado. Cuidado! Lá se vai uma opinião! É um grito de alerta: e logo os doutores tratam de escondê-las, camufla-las, por trás de uma palavra ou de outra, afinal ela não pode aparecer! Então o alvoroço: é a linha de morte que se aproxima.
É gente processando, máquinas gritando, ih... troquei! Também não dá tempo de corrigir. Tempo: esse parece se divertir olhando as rugas estampadas nas pessoas, e as máquinas esquentando, já cansadas. Fechou. Encerrou.
E palavras estáticas chovem agora sobre o papel. Impregnadas de trabalho e significados. De interesse e poderes. Parece loucura que alguém em sã consciência escolha um ambiente assim para passar a maior parte dos seus dias. Mas confesso: sou louca sim, afinal sou jornalista.
Sou louca e espero que todos sejam. Sedentos por tornar público acontecimentos sociais, por formar e informar, brincar com as palavras e com as sensações. Conquistar mentes e corações, escrever e registrar a história, dia após dia. Contadores de histórias reais. É isso o que somos. É preciso um pouco de loucura para ousar fazer diferente. Para ousar ser a diferença. É preciso abraçar o jornalismo com a ousadia de um louco e a capacidade de um gênio. Agora pare.... Olhe. Pense. Tente. Escreva....

terça-feira, 29 de julho de 2008

Beijo.com

Só para aquecer, gostaria de postar uma poesia sobre amor virtual. Não estou inspirada para devagações jornalísticas agora, tá?

Beijo.com

Um click, um sala, um nick,
Foi assim que o conheci
Naquele chat, a teclar
Não demorou e estávamos no particular
Trocamos emotions, fizemos downloads
A noite inteira, sem parar
Ah, foram tantos emails, scraps
Tantas mensagens trocadas...
Ooops! Trocadas meeeeeesmo, erro fatal!
Nosso amor acabou como uma sessão expirada.
Não! Eu sei que não está offline!
Vamos teclar, amor, não desconecte agora...
Não deixe romper o link entre nós ...
Amor? Kd vc? Em vão te procuro, e...
Caiu! Expirou! ... é o fim!
Mas suas palavras permanecem
Copediscadas em mim,
Por mais que eu tente deletar.
Tudo o que eu quero é resetar
Agora só me resta esperar que um dia
A gente se encontre para um bate-chat
Agora só me resta voltar para a home
Te deixar um scrap, enviar um beijo.com.

Bloguei!

Finalmente esta jornalista resolveu se render aos apelos da tecnologia e criar um blog. Espero criar um espaço aberto para discutir jornalismo, literatura, sociedade, cultura. Algumas reflexões, histórias, artigos, grandes reportagens, dessas que a gente não encontra todos os dias em jornais. Aceito críticas, sugestões, comentários, enfim! Participem!